Raquitismo tem cura?
O raquitismo é uma doença que tem cura e que não costuma trazer grandes complicações. Com o tratamento adequado, em pouco tempo a criança estará livre do problema. Vale lembrar que nos casos em que o raquitismo é provocado por doenças subjacentes, tratar essa outra condição pode curar o paciente.
É comum associarmos o termo raquítico com uma pessoa pequena e de aparência fragilizada. Mas você sabe exatamente de onde vem essa expressão?
O nome raquitismo vem de uma antiga palavra inglesa chamada “wrickken”, que literalmente significa torcer ou dobrar – esse termo faz referência a aparência curvada, uma das principais características de crianças que têm raquitismo.
A doença é caracterizada por um distúrbio ósseo que acomete crianças em fase de crescimento. Nessa condição, os ossos ficam amolecidos e fracos, o que aumenta as chances de fraturas e deformidades.
Na grande maioria dos casos, o raquitismo está associado a deficiência de vitamina D, sendo necessário mudanças na alimentação e suplementação para a cura da doença. Em situações mais raras, o problema é causado por um defeito genético.
A partir do momento em que as causas foram estabelecidas pela medicina, diagnósticos de raquitismo são cada vez mais raros, especialmente em países desenvolvidos. Isso porque, atualmente, é comum que bebês sejam suplementados com vitamina D logo nos primeiros dias de vida, como medida preventiva.
Hoje as causas da doença são bastante esclarecidas, especialmente quando se entende como se dá o processo de desenvolvimento ósseo. No geral, o problema será provocado pela falta de vitamina D, cálcio ou fosfato.
Entenda as principais causas relacionadas ao raquitismo:
Falta de vitamina D
Essa é a principal causa do raquitismo e que pode estar relacionada com a falta de exposição solar. Isso porque os raios UV são responsáveis por estimular 90% da produção da vitamina D em nosso organismo – apenas 10 a 15 minutos de luz solar direta podem gerar 10.000 a 20.000 UI de vitamina D. Assim, pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados, longe do sol, estão mais suscetíveis a sofrer com a falta do nutriente.
Além disso, a alimentação também é um fator importante. No que diz respeito ao cálcio, pessoas que não consomem produtos lácteos – como no caso dos intolerantes à lactose – ou aquelas que seguem uma dieta vegetariana, podem apresentar deficiências nutricionais.
os primeiros sinais da doença podem surgir já no primeiro ano de vida e evoluir com o avanço da idade, especialmente nas regiões que se desenvolvem mais rapidamente.
Os sintomas mais comuns da doença incluem:
- Atraso no desenvolvimento e crescimento da criança;
- Osso fracos com maiores chances de fratura;
- Problemas nos dentes (atraso no crescimento, abscessos, esmalte frágil, dentes tortos etc.);
- Dores músculo-esqueléticas;
- Dificuldade para caminhar;
- Cansaço fácil;
- Crescimento atrofiado e baixa estatura;
- Irritabilidade;
- Hiperatividade;
- Suor excessivo na cabeça;
- Tetania;
- Fraqueza muscular;
- Craniotabes (amolecimento e redução da espessura dos ossos do crânio em bebês recém-nascidos);
- Doenças respiratórias de repetição;
- Formigamento nas mãos e pés;
- Cãibras musculares;
- Convulsões – devido ao baixo nível de cálcio no sangue;
- Alopecia (exclusivamente no raquitismo hipofosfatêmico).
As medidas tratativas podem se diferenciar de acordo com a classificação da doença:
Raquitismo hipocalcêmico
Visto que a deficiência de vitamina D é a grande responsável por esse tipo de raquitismo, na maioria dos casos o problema é tratado com a suplementação desse hormônio.
Raquitismo hipofosfatêmico
Considerando que existem algumas variações de raquitismo hipofosfatêmico, o tratamento também irá depender da condição. De forma geral, o objetivo nesses casos é elevar os níveis de fosfato no sangue para favorecer o processo normal de formação óssea.
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Nova Clínica Luz.