Doenças vasculares - Prevenção e Diagnóstico.
As Doenças Vasculares são enquadradas no grupo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) que são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração.
As DCNT são resultado de diversos fatores, determinantes sociais e condicionantes, além de fatores de risco individuais como tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física e alimentação não saudável (Ministério da Saúde, 2011). Esse grupo de doenças é um problema de saúde global e uma ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. Hoje em dia as DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes, câncer, doenças renais, etc) totalizam cerca de 72% das mortes no Brasil em 2007(Schmidt MI et al. Lancet, 2011).
Seguindo essa tendência mundial, no Brasil, em 2013, as DCNT foram a causa de aproximadamente 72,6% das mortes (SIM 2015). Isso configura uma mudança nas cargas de doenças, e se apresenta como um novo desafio para os gestores de saúde. Ainda mais pelo forte impacto das DCNT na morbimortalidade e na qualidade de vida dos indivíduos afetados, a maior possibilidade de morte prematura e os efeitos econômicos adversos para as famílias, comunidades e sociedade em geral.
As doenças vasculares possuem quatro fatores de risco modificáveis que são: tabagismo, alimentação não saudável, inatividade física e uso nocivo de álcool além dos fatores de riscos intermediários como: Hipertensão, Dislipidemia, Sobrepeso, Obesidade e Intolerância à Glicose.
As ações para prevenção de agravos cardíacos, compreendem ações de promoção, prevenção e identificação precoce de fatores de risco junto à comunidade, assim como ações informativas e educativas, orientação familiar e encaminhamentos quando necessário para os Serviços Especializados. Estas deverão ser desenvolvidas e realizadas pelas equipes da atenção básica, considerando-se a saúde auditiva nos diferentes segmentos: gestantes, recém-nascidos, pré-escolares, escolares, jovens, trabalhadores e idosos.
DIAGNÓSTICO
Detecção precoce é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar fatores predisponentes evitando agravos mais complexos. Existem duas estratégias de detecção precoce: o diagnóstico precoce e o rastreamento. É responsabilidade dos gestores e dos profissionais de saúde aliar as ações de detecção precoce com a garantia de acesso a procedimentos diagnósticos e terapêuticos em tempo oportuno e com qualidade.
O objetivo do diagnóstico precoce é identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais de uma determinada doença, primando pela qualidade e pela garantia da integralidade assistencial em todas as etapas da linha de cuidado da doença. O diagnóstico precoce, portanto, é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas, ao contribuir para a redução do estágio de apresentação do câncer. Assim, é importante que a população em geral e os profissionais de saúde reconheçam os sinais de alerta das doenças cardíacas mais comuns, passíveis de melhor prognóstico se descobertos no início. A maioria dos agravos cardíacos é passível de diagnóstico precoce mediante avaliação e encaminhamento oportunos após os primeiros sinais e sintomas.