Conheça os tipos de diabetes existentes, suas causas, sintomas e tratamento
O diabetes pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos diferentes.
Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer sintoma é fundamental que o paciente procure com urgência o atendimento médico especializado para dar início ao tratamento.
Os principais tipos de diabetes são:
- Diabetes Tipo 1: a causa desse tipo de diabetes ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e outras drogas). Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível genética, ou seja, é hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. Pessoas com diabetes tipo 1 devem administrar insulina diariamente para regular a quantidade de glicose no sangue.
- Diabetes Tipo 2:ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. Esse tipo de diabetes está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
- Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA):atinge basicamente os adultos e representa um agravamento do diabetes tipo 2. Caracteriza-se, basicamente, no desenvolvimento de um processo autoimune do organismo, que começa a atacar as células do pâncreas.
- Diabetes gestacional: ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2. Toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto. Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
PRÉ-DIABETES
A pré-diabetes é caracterizada quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.
Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações, incluindo o infarto. No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença.
A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.
Fatores de risco para o diabetes
A ausência de hábitos saudáveis são os principais fatores de risco, além da genética. Os principais fatores são:
- Diagnóstico de pré-diabetes.
- Pressão alta.
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue.
- Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura.
- Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes.
- Doenças renais crônicas.
- Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg.
- Diabetes gestacional.
- Síndrome de ovários policísticos.
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar.
- Apneia do sono.
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
SINTOMAS DO DIABETES
Os principais sintomas do diabetes são:
- sede, fome e cansaço em excesso;
- perda de peso rápida e involuntária;
- hálito modificado;
- visão embaçada;
- vontade de urinar várias vezes ao dia.
Sintomas específicos do Diabetes Tipo 1
- Vontade frequente de urinar.
- Fome excessiva.
- Sede excessiva.
- Emagrecimento além do normal.
- Mudanças de humor.
- Náusea e vômito.
Sintomas específicos do Diabetes Tipo 2
- Fome excessiva.
- Sede excessiva.
- Frequentes Infecções na bexiga, rins e pele.
- Feridas que demoram para cicatriza.
- Alteração visual.
- Formigamento nos pés e mãos.
Sintomas específicos do Diabetes Gestacional
- Sede excessiva.
- Fome excessiva.
- Vontade constante de urinar.
- Problemas com a visão.
DIAGNÓSTICO DO DIABETES
O diagnóstico do diabetes é feito por um simples exame de sangue. Com uma gotinha de sangue, retirada de um dos dedos da mão, é possível ver se há alguma alteração na taxa de glicemia. Esse teste inicial leva, no máximo, três minutos para mostrar o resultado. Se for identificada uma alteração considerável, o médico solicitará outros exames clínicos e laboratoriais mais profundos e detalhados, como o teste oral de tolerância à glicose (Curva Glicêmica).
Esse exame é feito em diversas etapas, em que são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado, geralmente de 30 em 30 minutos. Nos intervalos, o paciente deve ingerir um xarope de glicose. Os resultados são apresentados em um gráfico e permitem o diagnóstico preciso.
TRATAMENTO DA DIABETES
Os pacientes que apresentam Diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais. Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho, chamado glicosímetro, que será capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue durante o dia-a-dia do paciente.
Os médicos recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura, logo abaixo da pele. Os melhores locais para a aplicação de insulina são:
- barriga;
- coxa;
- braço;
- região da cintura;
- glúteo.
Já para os pacientes que apresentam Diabetes Tipo 2, o tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso, os seguintes medicamentos/técnicas:
- Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino.
- Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células.
- Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
O Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídios elevados e hipertensão. Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.
Para tratar o diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos de graça pelo programa Farmácia Popular. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas. Além disso, os pacientes portadores da doença são acompanhados pela Atenção Básica e a obtenção do medicamento para o tratamento tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença.
Desta forma, os doentes têm assegurado gratuitamente o tratamento integral no Sistema Único de Saúde, que fornece à população as insulinas humana NPH – suspensão injetável 1 e insulina humana regular, além de outros três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue: Glibenclamida, Metformida e Glicazida.
Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes.
- A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na aplicação, facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior assertividade no ajuste da dosagem.
- Insulina análoga de ação rápida, que são insulinas semelhantes às insulinas humanas, porém com pequenas alterações nas moléculas, que foram feitas para modificar a maneira como as insulinas agem no organismo humano, especialmente em relação ao tempo para início de ação e duração do efeito.
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Nova Clínica Luz.