Identificando os primeiros sinais do Alzheimer
O Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum entre idosos e corresponde a mais da metade dos casos de demência neste grupo, segundo o Ministério da Saúde.
A principal característica do problema, além da perda progressiva de memória, é que não há cura ou tratamento capaz de impedir a sua evolução, apenas para torná-la mais lenta.
Ainda não se sabe exatamente quais são as causas do Alzheimer, mas que há algumas alterações no cérebro que podem impactar seu funcionamento e a memória.
Confira quais são os principais sintomas que a doença pode apresentar.
Os primeiros sintomas do Alzheimer começam a aparecer após os 70 anos de idade. Mas, apesar de não ser comum, o quadro também pode se apresentar de forma precoce antes dos 60 anos nos casos em que há uma herança genética significativa, isto é, quando existem outros casos da doença na família.
Os principais sintomas estão relacionados à perda de memória, seja recente ou remota. Mas, à medida que a doença evolui, sinais como irritabilidade, falhas na linguagem e dificuldade para se orientar no espaço e no tempo também podem ocorrer.
É muito comum uma dificuldade em aprender coisas novas, como entender a funcionalidade de algum utensílio doméstico ou em receber uma instrução. Também pode ocorrer de a pessoa ficar mais atrapalhada com a dinâmica do dia a dia, se confundir com as medicações, esquecer aonde estava indo, sair de carro e voltar a pé porque não se lembra que saiu de carro ou onde estacionou.
Estágios da doença
Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer passa por quatro estágios, sendo eles o inicial, moderado, grave e terminal.
- No estágio inicial é definido por alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
- No estágio moderado aparece a dificuldade para falar e realizar tarefas simples, além de agitação e insônia.
Na hora de tomar banho, por exemplo, o paciente não sabe o que fazer com a esponja, para que serve o sabonete, ele perde a capacidade de se organizar para fazer aquela atividade. Parece tão automático, mas para tomar banho precisa lembrar de se despir, de ligar o chuveiro, pegar o sabonete e se enxugar.
- Já no estágio grave é marcado pela resistência a realizar tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, deficiência motora progressiva e dificuldade para comer.
- No estágio terminal, é onde o paciente fica restrito ao leito, não consegue falar, sente dor ao comer e sofre infecções intercorrentes.
Em média, os pacientes diagnosticados na terceira idade vivem cerca de cinco anos em cada fase.
Para os casos em que há uma herança genética importante, que começam antes dessa idade, o paciente passa por esses estágios de uma forma bem mais acelerada, com cinco anos ele pode estar muito mais dependente para atividades mais simples, como se alimentar e tomar banho.
O diagnóstico
Não existe nenhum exame capaz de diagnosticar a doença de Alzheimer, então o diagnóstico é feito por meio das informações relatadas pela família e pela exclusão de outros problemas em potencial que são descartados após a realização de exames. Também soma-se a isto o exame clínico com testes de memória, realizado quando as ponderações levam à suspeita da doença.
Há alguns testes genéticos que podem indicar a probabilidade de uma pessoa desenvolver Alzheimer, mas o acesso a essa informação não traz benefícios para o tratamento da doença ou mesmo para a sua prevenção.
Descobrir se uma pessoa tem a possibilidade de ter Alzheimer é diferente de prevenir. É uma doença que não tem tratamento [definitivo], então imagine viver com essa ansiedade. Outra coisa é quando a pessoa quer saber se tem o gene para a doença e pensar se vai ter filho ou não. Isso também não tem resposta, porque não é uma doença que passa assim de pai para filho.
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