Doença renal crônica e os benefícios da atividade física
A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins.
Em um estágio mais avançado, chamado de fase terminal de insuficiência renal crônica (IRC), os rins não conseguem manter a normalidade, e esses pacientes passam a depender de sessões de hemodiálise. Para essas pessoas, o exercício físico é de extrema importância, já que esses indivíduos apresentam uma grande redução do condicionamento físico. Com o objetivo de minimizar os impactos disso na qualidade de vida do paciente, o exercício surge como uma opção para capacitar o corpo para as atividades diárias. Mas especialistas lembram que isso não pode ser feito sem medição de parâmetros de intensidade, frequência e duração, que precisam ser individualizados e avaliados por médicos e equipe multidisciplinar.
Veja a seguir alguns dos principais fatores de risco:
- Hipertensão
- Diabetes
- Obesidade
- Tabagismo
- Uso de medicamentos tóxicos para rins (anti-inflamatórios)
- Doenças genéticas
O paciente com doença renal crônica possui um hipercatabolismo, com perdas de nutrientes durante o processo de diálise, e isso traz consequência de sarcopenia (perda de massa muscular) muito acelerada em relação a uma pessoa da mesma idade. A atividade física é um dos principais remédios contra a sarcopenia. Entretanto, que ela deve ser adaptada à condição clínica do paciente.
Em um estudo da Universidade Chinesa de Hong Kong publicado no British Journal of Sports Medicine em 2020, 199.421 taiwaneses com idade média de 20 anos tiveram avaliados, durante quatro anos, seus hábitos diários de exercícios e sua função renal. Como resultado, concluiu-se que a probabilidade de participantes do grupo de sedentários serem diagnosticados com doença renal crônica era quase 10% maior em relação ao grupo dos ativos. Um outro trabalho de pesquisadores da Universidade Nacional Yang-Ming, em Taiwan, avaliou as atividades aeróbicas de 4.508 pacientes com insuficiência renal crônica. Publicado em 2021, o estudo apontou que fazer 150 minutos de exercício moderado ou 75 minutos vigorosos por semana reduziu em 17% a progressão para estágios mais graves da doença.
Exercícios de impacto e aeróbico ajudam no condicionamento cardiovascular, ajudando a prevenir uma das principais causas de óbito para pacientes renais: doenças cardíacas. Além disso, a atividade física também é responsável por um melhor controle da pressão arterial e da diabetes, assim como o controle do peso pode diminuir o risco de câimbras nas sessões de dialise.
Para prevenção de doenças renais em não-pacientes:
- Para prevenir e diminuir os riscos do desenvolvimento da doença renal crônica, temos como importante ferramenta adotar um estilo de vida saudável:
- Manter uma alimentação balanceada, fornecendo ao organismo os nutrientes necessários para que o mesmo funcione adequadamente;
- Praticar atividade física;
- Controlar e monitorar os principais fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial sistêmica e obesidade.
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